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Um lamento pela web ou O Facebook quer destruir a internet?

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Imagem: bykst, em Domínio Público.

Imagem: bykst, em Domínio Público.

Imagine-se voltar ao tempo em que, para se informar, você só tinha os jornais impressos e a televisão. O que você sente? Você gostaria voltar ao tempo em que só tinha acesso ao que a mídia queria que você soubesse? Sendo que os tais “outros” que decidiam a informação que você podia consumir estavam a serviço de seus interesses políticos e econômicos e nada interessados em deixar a população saber o que era realmente relevante para ela? Então repense seu uso do Facebook.

Só de pensar nisso sinto calafrios e meu estômago dá um nó. E não sou a única a temer o que o Facebook está fazendo: nesta segunda-feira, 30/11, minhas timelines foram preenchidas pelo compartilhamento do texto de um iraniano sobre o que o Facebook está fazendo com a internet, comparando a rede com a televisão por nos colocar novamente naquele lugar em que só temos acesso ao que os outros – no caso, a rede do Zuckerberg – quer que acessemos.

O texto, publicado originalmente no The Globe And Mail com o título A blogfather’s lament for the web (em inglês), de autoria do iraniano Hossein Derakhshan, foi traduzido por Gabriel Gastaldo e publicado com o título A morte do Hyperlink: Consequências. Somando Twitter, Facebook, listas de email, Telegram e WhatsApp, não ouso contabilizar quantas vezes esse texto saltou aos meus olhos ontem. Recomendo muito que você também leia, releia e, principalmente, reflita sobre o uso que você faz do Facebook, como você se porta em relação a ele.

Ao compartilhar o texto, a Simone Miletic disse: “Acho absolutamente absurdo essa coisa do Facebook de decidir por mim o que eu quero ler ou conhecer. Ridículo.” E eu concordo com ela – lembra do meu post A internet é muito mais do que só o Facebook? Não só meus clientes, mas também meus amigos: todos sabem que dou puxão de orelha quando alguém restringe suas pesquisas e fonte de informações ao Facebook. Plmdds, pesquisa se faz em sites de busca, pois são sistemas que vasculham a web inteira atrás do que você quer saber, não numa rede social que, ainda que tivesse um sistema de busca decente (não tem), irá te trazer resultados ínfimos proporcionando uma visão muito limitada a respeito do seu objeto de pesquisa.

Como disse Hossein Derakhshan, a internet é “um dos produtos mais promissores da inteligência humana”. Que tal fazer um favor a você mesmo e passar mais tempo lendo feeds do que navegando no Facebook? E no tempo que você usa para a rede do tio Zuck que tal seguir perfis que compartilhem conteúdos diferentes dos trazidos pelos seus amigos? Isso vale para todo mundo, mas para quem usa a internet para divulgar sua marca, seja ela pessoal ou empresarial, sempre é bom lembrar: Ter site é mais importante que Facebook.

Sua maneira de ver e usar o Facebook mudou do meu primeiro post sobre o Facebook para cá? Quão habituado aos feeds você está? Costuma clicar nos links dos posts que você lê para conhecer outros blogs? Já tinha lido o texto do Hossein Derakhshan?


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